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Sustentabilidade

Instituto Mamede e o Gavião-de-penacho em Corguinho/MS

7 May 2016

por

Camila Gonzalez Alves

Em nossa viagem a Corguinho/MS para nossa surpresa nos deparamos além de uma acolhedora cidade, de uma Comunidade Quilombola ou do Projeto Portal, uma luta que não vimos divulgado na mídia:  um trabalho importantíssimo feito pelo pesquisadores Maristela Benites, Simone Mamede e André Oliveira do Instituto Mamede com apoio da WWF Brasil para a preservação do Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus). 

 

Com asas  curtas e redondas,  cauda, pernas e garras longas e em sua coroa possui penas com 10 centímetros, que formam um penacho preto, que lhe confere o nome. No período de reprodução, solta assobios finos, acompanhados por um tremular de asas, enquanto circula sobre as matas.Durante período de incubação dos ovos, o macho alimenta a fêmea. Por vezes, quando ela sai para caçar, é o macho quem cuida de encubá-los. Põe um único ovo e a incubação dura em média 50 dias.

 

Uma ave de rapina, belíssima e que consta na lista da "União Internacional de Conservação da Natureza" (IUCN) como  ameaçada de extinção em decorrência da perda e fragmentação de matas.  Isso torna o estudo da espécie um desafio para os pesquisadores, já que os dados científicos não permitem afirmações muito assertivas sobre o comportamento do animal. Ainda mais porque apesar do grande porte, podendo chegar a medir até 67 centímetros de altura e 140 centímetros de envergadura, o animal, por natureza, não é fácil de avistar.

 

“O gavião-de-penacho tem um comportamento que dificulta a vida do observador e dos pesquisadores: raramente voa acima da copa das árvores e costuma caçar e se deslocar abaixo do dossel da mata”, explica o biólogo Willian Menq em seu site Aves de Rapina Brasil. As penas das asas, ressalta o pesquisador, são suficientemente duras para quebrar pequenos ramos durante o deslocamento entre os arbustos da floresta.
 
Uma das formas mais eficientes de estudar o Gavião-de-penacho na natureza é ficar de olho nos ninhos que ele forma no período reprodutivo. Por isso, os estudiosos da espécie tentam mapear os ninhos e, a partir daí, desenvolver as pesquisas para evitar sua extinção.

 

Assim tem sido a rotina de um ninho monitorado pelo projeto Gavião-de-penacho, criado por especialistas do "Instituto Mamede" desde julho de 2014 na na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Vale do Bugio. A reserva é uma Unidade de Conservação, inserida no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com o objetivo de monitoramento do sucesso reprodutivo do gavião-de-penacho e estratégias de conservação da espécie na região da Serra de Maracaju e todo planalto de entorno do Pantanal. 


Um trabalho incensante que busca reverter uma realidade triste atual e que não chegue o dia das palavras do biólogo Carlos Eduardo Alencar Carvalho, fundador do SOS Falconiformes, centro de pesquisa para conservação de aves de rapina neotropicais, se confirmem: "a espécie Spizaetus ornatus está na fila para abandonar o Planeta”.

 

Graças à existência da mata, um casal de gaviões tem conseguido garantir ali a continuidade da espécie. Com 82 hectares de área territorial, a reserva particular é vizinha de outra área protegida, a RPPN Gavião-de-Penacho. Nestas duas propriedades, a ave tornou-se o que os especialistas chamam de “espécie-bandeira”, ou seja, aquela que ajuda a levar adiante a ideia da importância de se conservar o meio ambiente. 

 

 

 

 

 
Junto com o projeto de monitoramento do ninho, os pesquisadores começaram um trabalho de educação ambiental com a comunidade quilombola Furnas da Boa Sorte, que vive no entorno da RPPN. O objetivo é sensibilizar a população local sobre a importância da valorizar a espécie, em busca da convivência pacifica, já que além da progressiva perda de hábitat que o gavião-de-penacho e outros predadores de topo de cadeia vêm sofrendo na região, essa espécie enfrenta outro grave problema que é a intolerância a sua presença em áreas rurais. Relatos de moradores, contam que o gavião-de-penacho ataca galinheiros e predam suas criações, por isso são afugentados e às vezes mortos, assim que percebidos por perto. Diante disso, reconhecemos a importância do fortalecimento das ações em  Educação Ambiental iniciadas pela equipe do Instituto com vistas à sensibilização, valorização e convívio harmônico com essa espécie e demais elementos da biodiversidade local.

 

Crédito das Fotos: Instituto Mamede - Divulgação WWF Brasil

 

É possível  ainda se encantar com  a vocalização do chamado de voo, gravado por Augusto Alves no site "Aves de Rapina Brasil"

 

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