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"Quem é Kenny Teschiedel"? O que te levou a ser escritor?
Kenny Teschiedel é psicólogo, pós-graduado em Psicanálise, que saiu do Rio Grande do Sul, sua terra natal há quase sete anos para dar início ao curso superior e chegou até o Mato Grosso do Sul com este objetivo, a graduação. A escrita em minha vida é uma companhia que eu mesmo desconheço o dia em que começamos a andar de mãos dadas. Talvez ela tenha nascido até mesmo antes de mim. Em todas as falhas e defeitos que tenho, Deus deve ter me indenizado com a escrita (risos). Desde muito pequeno, aprecio histórias, leitura e ver as pessoas falando. A coisa ficou mais “profissional” em 2013, quando reuni um número x de contos que vinha escrevendo despretensiosamente e consegui apoio da família para publicar. Assim, nasceu “Toda Forma de Amor” e, de lá para cá, não consigo me inquietar mais.
2) Fale um pouco sobre o seu processo de criação. Quais autores mais te influenciaram na vida? E quais te decepcionaram?
Depende o que estou me propondo a escrever. Quando iniciei a escrita deste meu último livro, eu precisava construir algum método para que eu pudesse me guiar. Foi então que esqueletei cada capítulo, do primeiro ao último, elencando as cenas que precisariam estar presentes em cada um para que, quando eu fosse escrevê-los, eu soubesse que caminho seguir. Isso me guiou e auxiliou fundamentalmente para que eu não me perdesse na própria história e estivesse atendo à continuidade da minha narrativa. Quanto à poesia, não há uma receita. Há textos que vêm inesperadamente, ou a partir de alguma situação vivida ou até mesmo lida. Já aconteceu, por exemplo, de eu acordar, no meio da madrugada, com um texto latejando as ideias e ter de levantar para registrá-lo. Acredito que isso ainda seja da ordem do inexplicável. E curiosamente, se houver algo mais concreto para elaboração de meus trabalhos, é a companhia indispensável de um copo d’água. Filtra, flui e clarifica as ideias.
Os autores que mais tenho admiração são alguns bem contemporâneos. A colunista Danuza Leão, para mim, se tornou uma de minhas referências e sua escrita, tão rica e cheia de nuances, acabou me conquistando. Talvez seja um preconceito meu, mas os escritores que mais me decepcionam são os que vendem mais, desses que arrebatam adolescentes e se tornam coqueluches como John Green, por exemplo. Estou agora, tardiamente, iniciando uma leitura de Jojo Moyes. Tenho me surpreendido até então.
3) Fale um pouco sobre suas obras anteriores.
“Toda Forma de Amor” foi minha obra de “estreia”, um trabalho bastante tímido e, aos meus olhos, amador. Ele reúne vários contos que têm o amor como pano de fundo. A diversidade está presente na variação de linguagens textuais que escolhi para cada conto, pelos cenários tão opostos entre uma história e outra, pelas personagens divergentes e fantasiosas. Foi publicado em novembro de 2013, pela Ekos Editora.
“Cápsula Tarja Preta” trata-se de uma antologia, que reúne os trabalhos de meu coletivo de artistas homônimo ao livro, pessoal de qualidade literária admirável. São dez poetas que expõem heterogeneamente sua condução e afinidade com a poesia.
4) E qual a importância de lugares como o Mills Pub que abriu suas portas para o lançamento do romance "O Diário Secreto do Cavaleiro Mascarado" e divulgação de trabalhos como este.
Desde o início, uma de minhas maiores preocupações eram situar o leitor no ambiente em que eu desenvolvi minha história. Por vários motivos: primeiramente, porque é meu romance de estreia e por mais fiel à minha imaginação, cada um pode imaginar os cenários de acordo com suas fantasias; Em segundo lugar, eu não estive presente no velho oeste (o que é uma pena!) Então, o espaço que escolhi para o lançamento, foi fundamental para que essa função pudesse ser cumprida: que meus convidados estivessem familiarizados com o tema de minha história e imergissem dentro desse contexto. E foi lindo! (risos). A meu ver, essa foi a intenção principal, mas tive bastante apoio dos proprietários da casa, pois eles mesmos ainda não haviam sido procurados para oferecer um evento desta especificidade.
5) Quais são seus próximos projetos? Já pode nos revelar algum?
Claro! Tenho três projetos idealizados. “Toda Forma de Amor II” já está concluída, mas ainda aguardo algum investimento editoral para sua publicação. Ele vem com o mesmo objetivo, porém discutindo mais amplamente o título da obra, as formas de amor (platônico, maternal, proibido, entre outros).
Já comecei a desenvolver os primeiros capítulos de um novo romance. Nele, quero discutir a vida, o que estamos fazendo dela, partindo do questionamento: “Se você morresse amanhã, você já foi feliz hoje?”. Acredito que ainda seja cedo para falar sobre a sinopse, pois ainda estou estruturando a história, criando as personagens, estabelecendo seu percurso e, em função disso, não gostaria de me comprometer com algo que ainda está em uma fase “germinativa”, ainda a ser concebida. Mas o mote principal é esse.
E, por fim, venho sendo cobrado muito por um livro que contenha meus poemas. A princípío, estou chamando esse projeto de “Instantâneos” e estou idealizando uma formato diferenciado para sua apresentação, algo que mescle o artesanal e o pop, como as publicações de autores recentes têm se mostrado. Mas ainda são só esboços. Minha intenção, por enquanto, é colher os frutos com “O Diário Secreto do Cavaleiro Mascarado”, sem deixar totalmente de lado minha ânsia pela escrita, pois ela não me abandona.
6) Que autores de Mato Grosso do Sul e obras da literatura de romance e mistério que o leitor não pode deixar de conhecer?
Sou suspeito, mas eu preciso citar meus companheiros do coletivo Cápsula Tarja Preta (Elias Borges, Fábio Gondim, Raquel Dias, Raphael Lugo, Alexandre Kenji, Eva Vilma, Márcio Filho, Valter Queiroz e Carmem Lúcia). Além deles, Isloany Machado (escritora, psicanalista, autora de livros como “Costurando Palavras” e “Em Defesa dos Avessos Humanos”, que está prestes a lançar seu romance “Nau dos Amoucos”), Janet Zimmermann (minha conterrânea, autora de “Asas de jiz” e que lança dia 01 de novembro suas “Pétalas Secretas”), além é claro do clássico e admirável Manoel de Barros.
Das obras de romance e mistério, acredito que Sidney Sheldon e Agatha Christie continuam e permenecerão, por um bom tempo, fundamentais à referências do gênero.
7) Como você avalia a produção literária brasileira atual? Quem você destaca e acha subestimado?
Há muitos autores talentosos e competentes, mas com poucas oportunidades. Um dos nomes de maior expressão e qualidade artística que tenho acompanhado é Zack Magiezi, poeta autor de “Estranherismo”. Seus textos são nutrição para mim. O que tem me frustrado bastante ultimamente é o espaço que as pseudo-webcelebridades vêm conquistado e publicando títulos sem conteúdo ou de baixa relevância, apesar por uma questão estratégica da editora, que visa os lucros a partir do sucesso destes “autores”.

Leia mais sobre o Lançamento da obra "O DIÁRIO SECRETO DO CAVALEIRO MASCARADO" em nosso Blog
EM MATO GROSSO DO SUL

Entrevista da Semana
Kenny Teschiedel
Café Sem Culpa
com a blogueira :
Vânia Galceran
"Blogando! Como não cair na tentação de escrever , escrever, ser lida, escrafunchada, odiada e amada. Para quem nasce com os dedos a flor da pele, fica quase impossível se manter imóvel diante das letras. As palavras nos atormentam a ponto de nos fazer voar por entre as linhas e dar um salto! Espaço pra dizer asneira, falar de coisas bacanas, de assuntos do “momento” ou simplesmente refletir, trocar ideia. Sem culpa!"
Em breve...



Diversas Lendas Pantaneiras em Obras Completas - com arquivos PDF prontos para Download Gratuito.
E quem é nossa escritora pantaneira Tânia Mara, responsável por essas obras?
Vamos deixar ela mesmo se apresentar...
"Natural de Campo Grande MS. Porém adotou Rio Verde de Mato Grosso MS. Como sua terra mãe.
O amor pela literatura teve início através de seu pai.
Que era apaixonado por livros.
Lia para os filhos, crianças e amigos. Sempre presenteava as pessoas com livros.
Tânia Mara iniciou sua vida literária aos doze anos escrevendo estórias infantis e trovas.
Aos quatorze anos escreveu seu primeiro romance. Inesquecível tarde de primavera.
Estudando, pesquisando despertou o interesse pela história. Valorizar o passado.
Para viver bem o presente e ter um futuro promissor.
Amor, carinho, atenção pelas crianças e a natureza sentiu necessidade de escrever. Livros infantil, infanto-juvenil, estórias, históricos, fábulas, lendas, poesias, musicas, crônicas, romances, roteiros, contos, mensagens, ficção, culinária, autoajuda, livros espirituais, meditação, meio ambiente, peças teatrais e outros.
Sua formação: Psicopedagoga.
Assim passou a atuar em vários gêneros literários.
Com mais de 170 livros editados e mais de 200 para editar continua escrevendo.
Artista plástica.
Com trabalhos no exterior.
Pintura a qual ela chama de borrocação. "Pintura primitiva."
Sua pintura é feita com tinta jogada e mãos.
Utilizando pouco o pincel.
Adora pintar a natureza e abstrato.
Apaixonada pela natureza em especial o Pantanal.
Ambientalista.
Seus ideais: Fim da discriminação e do preconceito.
Respeito, amor, e preservação pela natureza.
Fez das letras o seu viver.
Fiz das Letras o meu Viver
Fiz das letras o meu alimento.
Depositei nelas todo o meu sentimento.
Onde o meu sustento me faz vibrar, nos algozes de um bom viver.
Fiz com as letras palavras simples e eternas.
Até o meu escurecer.
Fiz das letras o meu sonho, a minha realidade, minha vida, o meu bem viver.
A minha alegria, o meu entristecer.
Fiz com as letras livros, músicas, romances, lendas e ficção.
Que alegram, enaltecem o meu e o teu coração.
Fiz das letras o meu viver, o meu amor, o meu saber, sou feliz. Com elas nunca estou só no meu parecer.
Fiz das letras Poesias.
Descrevi com elas eternas paixões.
Fiz das letras a minha vida. Com elas aprendi, ensinei, com as letras sorri e por várias vezes chorei.
Fiz das letras o meu eterno, infinito bem viver.
E se hoje eu sou feliz, venho às letras, com as letras, e para as letras agradecer.
Por isso fiz das letras o meu viver.
Ser escritora é juntar letra por letra, palavra por palavra é dar um sentido a tudo que escreve.
Com sentimentos e argumentos.
Essa é TÂNIA MARA."
Aconteceu...
Lançamento Livro !
Crédito Fotos: Divulgação Luciana Rondon
Aconteceu na Leparole, em Campo Grande/MS, o Lançamento do Livro "Planejamento Estratégico para a Vida" . Um livro escrito com muitas mãos altamente qualificadas, que través de estudos de caso, depoimentos e experiências, buscam ajudar aos leitores a fazer melhores escolhas tanto da sua vida pessoal quanto profissional, com a transferência de preciosos conhecimentos.
E claro, aproveitamos para conversar um pouquinho com a escritora Luciana Rondon, sobre essa e outras das suas realizações.
Luciana Rondon, com formação em Psicologia, é Consultora na Área de Desenvolvimento de Pessoas; Coach e Palestrante Motivacional e Comportamental.
1) O livro “Planejamento Estratégico para a Vida” – onde 46 autores renomados compartilham suas experiências, dando dicas e orientações - já é reconhecido nacionalmente em tão pouco tempo. Como foi essa experiência em assinar o capítulo do livro que se chama “Sob um novo olhar: visão, ação e realização”.
Ás vezes nos deparamos com uma visão limitada sobre nossas possibilidades e o quanto a vida pode nos oferecer.Com a rotina do dia a dia e as repetições das mesma ações, por vezes esquecemos de enxergar interna ou até mesmo externamente que podemos ir além, experimentar coisas novas e buscarmos oportunidades que nos proporcione mais felicidade e prazer tanto na vida pessoal, profissional e social.
Podemos reinventar nossa vida, dar um novo rumo a ela , e o planejamento estratégico pessoal nos ajuda muito a criarmos estratégias para esta descoberta ou encontro.
Assinar este capítulo no livro foi de grande valia porque este assunto fez e faz parte da minha vida, assim, só tenho que contribuir com os leitores sobre a importância desta ferramenta em busca das nossas realizações de forma mais eficaz, otimizando o tempo e usufruindo de forma mais assertiva e harmônica.
2) Este é seu 2º livro, fale um pouquinho sobre o seu primeiro sucesso: “Motivando Sempre”.
Eu tinha me desafiado e colocado uma meta para escrever um livro, chegando próxima a data, tive um insight, já escrevia para um jornal eletrônico, então, reformulei os artigos escritos com alguns outros que já tinha escrito e fiz uma coletânea todos com foco na motivação, no prazo consegui lançar o livreto Motivando Sempre.
3) Como você vê atualmente o mercado para os autores de nosso Estado, nas mais diversas vertentes. Fale das boas iniciativas e apoios que encontram. E dois pontos que ainda podem melhorar.
Penso que precisamos valorizar mais nossos escritores nas midias,e termos mais políticas de incentivo a escrita e a leitura.
4) Deixe aqui três dicas preciosas para os jovens (ou não tão jovens assim...) que sonham em ser escritores e que estão lendo aqui sua entrevista.
Muitas vezes consigo expressar através da escrita o mais íntimo e desejo da minha alma.
-Começe a escrever
-Persista
-Faça um Planejamento Estratégico Pessoal com objetivo, foco , persistência e amor.
5) O que podemos esperar da Luciana Rondon - escritora, coach e palestrante - nos próximos meses?
Trabalho com o coaching e direcionamento individual ou em grupo com o foco no planejamento Estratégico Para a Vida.
Vou lançar o treinamento: Planejamento Estratégico para a Vida no 2o. semestre
"Sob um novo olhar: visão, ação e realização!"
6) Onde conseguimos comprar seus livros?
Pelos telefones: (67) 9617-5951 ou 9960-8555 ou na Livraria Leparole aqui em Campo Grande.
Também pelo Site da Editora Ser Mais.
Nosso escritor, Edson Contar, foi convidado no último dia 31/maio, para falar aos 740 jovens do Instituto Mirim de Campo Grande, durante a semana de realização do Projeto "LIVRO, ABRACE ESSA IDEIA".
Em sua página no Facebook registrou:
"Além da satisfação em retornar àquela instituição,onde tenho a honra de dar nome a biblioteca do Instituto em suas duas sedes, senti e absorvi os fluidos de uma juventude sadia, responsável e dedicada a sua formação para o mercado de trabalho, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos no Instituto.
O carinho de diretores, professores e alunos me trouxeram de volta a esperança de um mundo melhor, onde se vence pelo empenho, pelo esforço pessoal e pelos métodos aplicados com inteligência por aqueles que dirigem e coordenam os trabalhos em instituições sérias como o Instituto Mirim de Campo Grande.
Vale pena que a população conheça de perto o trabalho ali realizado, que permite a mais de setecentos jovens ingressarem no mercado de trabalho anualmente, abrindo oportunidades para mais outros grupos com o mesmo número de futuros profissionais.
Parabéns ao Instituto! Parabéns Campo Grande!
Obrigado pela homenagem, jovens!"
Projeto "Livro, abrace essa ideia"
Entrevistas Anteriores

Raquel Naveira
Para lançarmos essa página, fomos eum busca de um dos maiores nomes da literatura sul mato grossense, RAQUEL NAVEIRA, para nossa primeira entrevista:
1) Diante de um currículo tão primoroso: formada em Direito e em Letras, Mestre em Comunicação e Letras, Doutora em Línguas e Literatura . Comemorando 30 anos de carreira. Escritora, poetisa, apresentadora de programas literários. Com a obra que inspirou o curta-metragem "COBRINDO O CÉU DE SOMBRA". Com diversos prêmios e honrarias, como o primeiro lugar na categoria “Conto”, da premiação Alejandro Cabassa, pela União Brasileira de Escritores (UBE-RJ). Proprietária da "Pousada Dom Aquino". Merecidamente dona de uma cadeira na Academia Sul- Mato- Grossense de Letras. Membro do "Pen Clube do Brasil". Morou no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas nunca abandonou as raízes sul-mato-grossenses, e agora está de volta ao nosso estado. Com centenas de participações em conferências, congressos, encontros acadêmicos e artísticos. Presença sul-mato- grossense marcante em Bienais, eu lhe pergunto: "Quem é Raquel Naveira"?
Os poetas hesitam diante da pergunta “Quem sou eu?” Não se satisfazem com respostas convencionais, tipo nome, nacionalidade, idade, profissão etc. Em todo poema, direta ou indiretamente , essa pergunta é colocada. O poeta busca o autoconhecimento, algo além do esperado, do “Sou Fulana de Tal, brasileira, professora, escritora”. O poema é uma espécie de viagem interior em que buscamos o nosso verdadeiro eu, a essência definidora que se esconde atrás dos rótulos. A poesia é desfiar de incertezas, dúvidas e perplexidades. O poeta não sabe quem é, procura descobrir-se, no ato de escrever, e se surpreende com o que vai descobrindo. O poeta sempre escreve sobre si mesmo, desde o início dos tempos.
No livro Fiandeira, por exemplo, utilizo a ideia da mulher tecelã, tradição grega que se perde nos arcanos da memória. Pandora aprendeu a arte das fiandeiras com a deusa Atena, cujo epíteto é “Atena Penitis”, a tecelã. Ariadne desafiou a deusa Atena na arte da tapeçaria e foi transformada em uma aranha. As Parcas seguravam e cortavam os fios das vidas humanas. Durante toda a história da humanidade as mulheres teceram, fiaram, tramaram. Teciam a roupinha do bebê e a mortalha do soldado. A própria palavra “texto” lembra “tecido”. O poema ficou assim:
Sou uma fiandeira
Tecendo noite e dia
Uma estreita de pensamentos.
Sou uma fiandeira
Aranha tirando de dentro
A liga que emaranha.
Sou uma fiandeira
Amarrando com as mãos firmes
Os laços do meu destino.
Sou uma fiandeira
Bordando com palha e ouro
A bandeira da minha fé.
Sou uma fiandeira,
Vivi á beira
De tudo quilo que é frágil,
Que parece fiapo
Ou que está por um fio.
É isso, Camila, sou uma fiandeira.
2) Como foi sua experiência no trabalho "CD FIANDEIRAS DO PANTANAL", onde declamou seus poemas acompanhada pela voz e a craviola de Tetê Espíndola?
A denominação “Fiandeira” surgiu desse poema e transbordou para a arte de duas fiandeiras nascidas no Pantanal: Raquel Naveira e Tetê Espíndola. A capa do CD era um xale paraguaio, um tecido rústico. Tetê musicou duas letras: “Fiandeira” e “Relógio da 14”. Entre um poema declamado e outro compôs músicas instrumentais exclusivas com o som das cordas da craviola e as vozes de pássaros que saem de sua fabulosa garganta. Ficou uma linda parceria, que marcou nossas vidas.
3) Fale um pouco seu último sucesso: o livro “Jardim Fechado: uma Antologia Poética”.
Jardim Fechado lembra a bíblica passagem do “Cânticos dos Cânticos”. O jardim rico de símbolos eróticos, da visão do Paraíso com fontes que jorram, regatos buliçosos, sombras verdes, frutos saborosos. É o nome de um poema que encabeça um conjunto de poemas que haviam permanecido inéditos até a publicação desse livro.
O livro reúne vinte poemas significativos, selecionados de cada um dos meus quinze livros de poemas publicados de 1989 até hoje. São eles: Via Sacra; Fonte Luminosa; Nunca-te-vi; Guerra entre Irmãos: poemas inspirados na Guerra do Paraguai; Sob os Cedros do Senhor: poemas inspirados na imigração árabe e armênia em Mato Grosso do Sul; Canção dos Mistérios; Abadia; Caraguatá: poemas inspirados na Guerra do Contestado; Casa de Tecla; Senhora; Stella Maia: poemas inspirados na conquista do México pelos espanhóis; Nus Frontais in Xilogravuras de Valdir Rocha; Portão de Ferro; Sangue Português: raízes, formação e lusofonia e Jardim Fechado.
Estão fora do livro as crônicas, ensaios e produção destinada às crianças.
Esse livro marca mais de três décadas dedicadas à Poesia. Tem um clamor de voz da terra e da alma sul-mato-grossenses. Uma alma da fronteira derramada em versos.
Ficamos felizes com o prefácio do poeta Carlos Nejar, da Academia Brasileira de Letras, afirmando que: “ E se esta linguagem navega, é porque a poesia de Naveira é de centelhas que se somam aos fatos, com imagens que rodam no meio de relâmpagos”.
Colocamos também, introduzindo cada livro em ordem cronológica, comentários recebidos de autores e críticos literários, excertos de jornais, formando um grande painel histórico de nossa trajetória literária, de nosso labor persistente enquanto escritora, intelectual e missivista. Alguém que, como Pablo Neruda, crê que o carteiro é o melhor amigo do poeta.
4) Como você vê atualmente o mercado para os autores de nosso Estado, mas mais diversas vertentes. Fale das boas iniciativas e apoios que encontram. E pontos que ainda podem melhorar.
Mato Grosso do Sul é um Estado novo, com muito a criar e acontecer. O desejo é que se sustente economicamente também no campo artístico-literário. A vida acadêmica, os cursos de Letras, Pedagogia e Comunicação com programas televisivos, projetos e teses voltadas para a literatura regional; editoras locais publicando, cuidando de vendas e divulgação de seus autores; estímulo aos autores através de políticas públicas, prêmios e feiras do livro: a criação de clubes de leituras em escolas, livrarias e bibliotecas são alguns pontos fundamentais para esse desenvolvimento.
5) Deixe aqui três dicas preciosas para os jovens (ou não tão jovens assim...) que sonham em ser escritores e que estão lendo aqui sua entrevista.
Deixo os sábios conselhos do poeta alemão Rainer Maria Rilke em seu livro Cartas a um Jovem Poeta: o poeta deve cuidar da sua formação humana, base de toda criação artística; valorizar a necessidade da criação de um mundo interior, de uma clarividência; apreciar a solidão constante e inteligente; sentir ternura pela natureza e pelos mínimos aspectos das coisas; desenvolver uma paciência ardente e interminável; aceitar com lealdade as dificuldades da vida; ser fiel à sua infância, esse tesouro de recordações; ter uma expectativa de Deus; encarar de forma mais profunda e compreensiva o relacionamento amoroso; ter uma disciplina poética humilde e vigorosa; lembrar-se que as obras de arte perduram, as pessoas são efêmeras.
Transcrevo o conselho mais veemente: “Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila de sua noite: ‘Sou mesmo forçado a escrever?’ Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples ‘sou’, então construa a sua vida de acordo com esta necessidade.”
Diria também: leia e escreva; escreva e leia; crie seu próprio blog, sua própria página, seu próprio espaço; corresponda-se com outros escritores; participe dos mistérios e meandros da grande galáxia de Gutenberg.
6) O que podemos esperar da Raquel Naveira nos próximos meses?
De volta à minha terra, minha vocação e índole me levam a querer compartilhar meus conhecimentos e experiências com as pessoas, através do Magistério e da Comunicação.
Ser instrumento sempre desse dom irrenunciável que recebi de Deus. Creio na força da Palavra e que é ela quem cria o real.
Ir aonde a literatura me levar. Seja o que for que isso signifique.
7) Onde conseguimos comprar seus livros?
No momento o livro está sendo vendido na Pousada Dom Aquino (rua Dom Aquino, 1806- R$ 40,00 , fone: 3384-3303).
Após o dia 1º de julho, às 19h, no Memorial Apolônio de Carvalho, onde funciona a Secretaria de Turismo e Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul - na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, em Campo Grande.

Vanda Ferreira Bugra
Sarará
1) Diante de um currículo tão primoroso: poeta, escritora, compositora, escultora, pintora, eu lhe pergunto: "Quem é Vanda Ferreira a nossa 'Bugra Sarará'"?
Sou uma inquietação, uma nuvem que ciclicamente transborda por necessidade.
Amo o silêncio, medito, dialogo com a natureza e com as artes.
Adotei a arte como minha expressão porque a Arte é o único caminho que encontrei para transbordar plenitudes. Sou uma artista autodidata exageradamente multi, comprometida com minhas concepções diversificadas. Por exemplo, escrevo poema, prosa, romance, crônica e contos; também sou autora de composições musicais, com algumas criações de letra e melodia; gosto de diagramar meus livros bem como criar a arte de suas capas.
Na pintura utilizando de diversas técnicas, inclusive autorais, pinto sobre papel, madeira, tecido, tela, alvenaria, concreto... Sou totalmente envolvida com a arte de criação, apaixonada por cenografia, figurino e artesanato. Tenho facilidade para criar, acredito em dons, acredito que tenho talento criativo.
2) Como foi sua experiência no trabalho "Eriana", uma canção em parceria com Raimundo Edmario Guimarães Galvão. Fale também um pouco sobre outras composições suas.
Sou apenas a autora do poema Eriana que está pulsando na mais nova canção feita pelo Mestre Galvão, instrumentista e cantor que compõe letra, melodia e arranjos musicais, e que, no entanto, ainda pesquisa produções literárias contemplando outros artistas...
Galvão musicou outros poemas de minha autoria, inclusive, as outras canções estão em seus CDs.
Na década de 90 trabalhei intensamente criando musicas em parceria com Reginaldo Sans, Peninha (que hoje se encontra em outro plano), e Gutemberg Honorato. Foi uma fase belíssima e intensa; eu criava a letra e a melodia, e eles cuidavam do aspecto profissional da arte musical, o canto e os arranjos.
Eriana
(Galvão/Vanda Bugra)
Ela insistia,
Turvo perfume,
Falsa cortina.
Escondia verdades
Nas tramas abertas
Da falsa peneira.
Em vã tentativa.
Bonita morena,
Destino da esquina
Corpo esculpido
De desejos carnais.
Dissimulada cruz,
Credo cruzado,
História no mapa
Singrando descaminhos.
Segredos vermelhos
Estampam vestidos;
Reticências formatavam semblantes
Eriana pisava leve;
Prendia as madeixas
Com os nós de saudade.
Dor encorpada reluzia
No batom cor de sangue
Eriana
3) O assunto aqui é Literatura, mas não tem como não falarmos sobre seu ultimo sucesso em outra vertente artística. Fale um pouco sobre a Exposição "SUSTENIDOS CELESTES" que está no Centro Cultural José Octávio Guizzo, com visitação livre até dia 09 de agosto.
Vejo poesia em tudo, há poesia em tudo! Percebi que poesia se expressa também por utilização de outros recursos alem do alfabeto; alem de palavras lemos imagens, cores... A gente lê poesia, sente poesia, ouve poesia...
“Sustenidos Celestes” é uma mostra de arte plástica, onde o público se conecta com a poética da temática que apresentei utilizando-me de técnica de pintura. Na Galeria Wega Nery estão expostas quatorze telas da coleção de vinte e cinco obras produzidas especialmente para comemorar meus vinte e cinco anos de vida artística. Na exposição agreguei trechos de poemas, prosas e crônicas de minha autoria.
A mostra SUSTENIDOS CELESTES Esta sendo uma experiência encantadora. Estou deslumbrada assistindo ao deslumbramento de quem visita a exposição, o envolvimento dos visitantes que demoradamente contemplam as obras... Tenho recebido bastante comentários surpreendentes, incríveis.
A produção é de 2015, está sendo mostrada em 2016 porque a Exposição Sustenidos celestes peregrinou durante um ano em busca de espaço para ser realizada. Enfim a curadoria da FCMS nos contemplou com a realização da mostra que será encerrada dia 09, às 18h.
4) Como você vê atualmente o mercado para os autores de nosso Estado, nas mais diversas vertentes. Fale das boas iniciativas e apoios que encontram. E dois pontos que ainda podem melhorar.
Mercado de arte é um setor que exige profissional habilitado. Particularmente sonho com meu/minha Marchand, e “Editora”. Lamentável que ainda não os encontrei. Recebi alguns convites de Editoras, no entanto nenhum contrato me atraiu.
Arte é um trabalho sublime que conduz os olhares para o aspecto cultural quase caindo no esquecimento que é também um produto de mercado e o trabalhador depende de comercialização para dedicadamente desenvolver sua atividade profissional.
Aqui, comumente, o mercado se estabelece por conta do próprio artista que busca oportunidade para mostrar seu trabalho em parceria com generosos acolhedores de arte que cedem as paredes de seus estabelecimentos como uma espécie de galeria. Este é o sistema que tenho adotado. A exemplo a Exposição Outonações realizada no Nis Café Cultural, na Rua São Felix
Temos duas importantes iniciativas que devem ser aqui citadas porque são dignas de aplausos, falo da Confraria Sócioartistas, formada por um Grupo de artistas plásticos da qual faço parte e a outra é a Galeria de artes de Aquidauana, em Aquidauana/MS, que se formou por um coletivo de artistas. Ambos os movimentos surgiram com o propósito de criar mercado fora daqui e criar, de certa forma, um mercado interno.
Tanto a literatura quanto as artes visuais necessitam de atenção por parte de órgãos públicos e privados para que seja estabelecido um sistema ininterrupto de circulação dos trabalhos . Urge investimentos em projetos para fomentar o mercado por meio de espaços próprios e adequados com devidos sistemas de publicidade e comercialização.
5) Deixe aqui três dicas preciosas para os jovens (ou não tão jovens assim...) que sonham em ser escritores e que estão lendo aqui sua entrevista.
O escritor é um artista. Artista tem, naturalmente, identidade própria, de maneira que a honestidade está em primeiro lugar.
Seja honesto, verdadeiro; isto é muito simples basta aceitar seus sinceros sentimentos e suas preferências, sua linguagem particular, sua real tendência e imprimir seu pensamento autoral.
Somos um poço sem fim, cada artista é uma mina de preciosidades, jorre! Artista é um ser fiel ao talento, opta e segue uma estrada, um caminho de mão única, somente ida.
5) O que podemos esperar da Vanda Ferreira nos próximos meses?
A partir do dia 26 de agosto a 14 de setembro farei uma mostra individual com coletânea de pintura, no Malabie Gastronomia, que fica na Rua Primeiro de maio, 323, no Jardim São Bento. A coletânea levara obras da coleção “Sustenidos celestes” e “Histórias sem fim - poesia da natureza"
Tenho bons projetos, alguns já apresentados a possíveis parceiros, e outros a apresentar. Quem sabe seremos contemplados? Desses projetos, anseio pela realização de três para breve, quais sejam: Oferecer ao publico uma inédita instalação de encantamentos por meio das artes, (cenógrafa, plástica, musical e literária); a publicação da obra “A lenda do peixe Dourado”, escrito em 1991, e que se encontra belamente ilustrado, e inauguração de um espaço cultural, a casa “Centro de artes Vanda Ferreira Bugra Sarará”, cujo projeto esta em adiantada fase de execução.
7) Onde conseguimos comprar suas obras?
Ofereço dois sistemas de comercialização de obras de arte plástica e trabalhos artesanais:
- Crio grupos de consorciados e
- Realizo exposições reais e virtuais.
Os livros são vendidos em eventos que realizo ou participo a convite. Sou esperançosa e disposta para firmar contratos com produtores, galerias, decoradores e marchands.
Crédito Foto: Acervo Pessoal Vanda Ferreira

Marcos Coelho
1) "Quem é Marcos Coelho"?
É um jovem escritor Sul-Mato-Grossense, no auge dos seus 33 anos, nascido na cidade “Favo de Mel”, a querida Fátima do Sul/MS, aos 16 de dezembro de 1982. É o filho caçula da Poetisa Dona Eli Coelho, de quem muito se inspira e tem grande incentivo na carreira artística. Sendo irmão da Artesã Léya Coelho Cardoso moradora em Aquidauana/MS, mãe dos amados sobrinhos Igor e Yasmin. Sua Mãe e Irmã contam com suas histórias de superação, lição de vida e de amor que alicerçam sua personalidade e perfazem a força de sua história.
O Jovem Poeta Marcos Coelho é professor com habilitação para o Magistério, formado em Letras pela UFMS, possui licenciatura em Português/Literatura, especializando-se em Educação Especial, Língua Portuguesa, Literatura e Artes, com formação, posterior, em Educação Ambiental, Água e Gênero pela UFMS. Também atuou no Teatro em Dourados, participando do Festival Internacional de Teatro, Mostras, Esquetes de Rua, entre outras participações de relevo. Foi destaque como Educador Ambiental, tendo recebido o Troféu Marco Verde em Dourados por primorosas ações em Educação Ambiental e o X Prêmio Sul-Mato-Grossense de Gestão Pública: Práticas e Ideias Inovadoras na Gestão Estadual.
Como Poeta e Escritor, teve seu trabalho reconhecido em vários países, como: Argentina, Peru, Paraguai entre outros, participando ativamente nos Diálogos Literários e de Produção Cultural do MERCOSUL desde 2012. Participa de Antologias Nacionais e Internacionais com Poesias, no entanto, também tem se destacado como contista, tendo sido premiado em 2013 no Concurso de Contos Ulisses Serra promovido pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – ASL, entre outras classificações em outros estados.
Em 2014, sagrou-se como membro corresponde na Academia de Letras de Teófilo Otoni-MG e, no mesmo ano, como membro titular da Academia Douradense de Letras-MS - ADL, ocupando a cadeira de nº 06 com o Patrono Marechal Rondon. No mesmo ano, foi eleito como Vice-Presidente da ADL.
Assim se distingue o Poeta Marcos Coelho (in fragmentos da Poesia Amor, Poesia, Ilusão...):
[...]
À fina flor da pele, o sentimento...
Posso sorrir e chorar...
Posso ficar ou fugir...
O ser e o existir...
Ora sou, ora existo, ora desisto...
Ora insisto na prece...
Proferida prece a Deus e aos Anjos...
A capela de pedra e o sino...
[...]
Não há como desistir...
Não há como não ser...
Incorrigível nosso jeito de amar...
O ideal é sempre desejar...
O poeta delira e recolhe...
O som, o cheiro, o sono...
O gato enrodilhado no cesto...
No papel vai e compõe o mosaico...
Com ladrilhos soltos...
Lágrimas, sorrisos, desejos...
Sentimentos, batimentos acelerados...
Vida e eternidade...
Traduzidas imagens em palavras...
A melodia em versos...
A grafia mal acompanha os detalhes...
[...]
Ali registrados os momentos...
Estão também ali os sentimentos...
Em terna imagem de amor, ardor e paixão...
Imagem, Música, Grafias...
O violino e o flautim...
A pena e a folha...
O tinteiro, as palavras...
Tudo pronto...
Prosa e Verso do Amor...
A Ilusão é só na Poesia...
Muito fértil na sua produção literária, sempre publica seus trabalhos em jornais e revistas, tendo publicado sua primeira obra “Dourados e sua Natureza em Prosa, Poesia e Cordel”, em 2013, tendo sido coorganizador e coautor. Na carreira solo, é autor dos livros “Poesia em Cores” e “Gotas de Poesia... De Um Jovem Poeta” (este bilíngue português e espanhol) ambos em 2014, obras genuínas com imagem e poesia, num trabalho artístico que deleita pela beleza da imagem associada a ternura da poesia. Com mais de 14 livros em produção, o trabalho do Escritor Marcos Coelho não para, entre palestras, seminários, simpósios e laboratórios literários, ele vem conquistando seu espaço, tendo várias indicações a prêmios de destaque no cenário local e nacional.
2) Fale sobre o trabalho junto a ADL - Academia Douradense de Letras.
A Academia Douradense de Letras já conta com seus 24 anos, tendo sido fundada em 15 de setembro de 1991, hoje conta com seu quadro de 40 membros efetivos, nos mesmos moldes da Academia Brasileira de Letras e da Academia Sul-Mato-Grossense. Ter uma cadeira na ADL, por si só representa grande prestígio, reconhecimento, porém grande responsabilidade. No entanto, estar na direção como Vice-Presidente traduz ainda mais responsabilidade social em atuações no município e fora dele. Temos promovido cultura, semeado as sementes literárias com responsabilidade, fomentado como podemos o saber literário e o produzir que é de suma importância. Temos tido grande êxito nesse sentido, com uma produção literária maciça e importante, o que nos levou a participação ativa no Mercosul. Todos os meses, realizamos noites culturais com apresentação de trabalhos, artes, lançamentos de livros, música, teatro, como também participamos de eventos sociais, festivais, corpo jurados, concursos literários, entre outros de importância publica e social como conselhos e audiências. Estou entre os principais ativistas e pretende fazer e participar cada vez mais levando o nome de Mato Grosso de Sul e de Dourados cada vez mais longe. A ADL participa com cultura, apoiando o turismo, a história, a memória social de sua terra e do MS. Nosso trabalho enaltece nossa gente e fortalece a continuidade na infância e juventude que vem produzindo e se expressando em literatura.
3) Fale um pouco seu último sucesso: a obra literária bilíngue “Gotas de Poesia...De Um Jovem Poeta..."
Minha mais recente obra “Gotas de Poesia... De Um Jovem Poeta...” está muito bem aceita no cenário da América Latina, já participa de Congressos Internacionais, tendo sido lançada na Argentina, Paraguai e Peru, colecionando esses lançamentos vigorosos e de prestigio no exterior e também em Mato Grosso do Sul. Sua mais recente apresentação foi no Sesc Morada dos Baís em Junho/2016, com a participação do Coral do Tribunal de Contas do MS, Cia de Dança Embrujos de España. Teve uma grande acolhida entre o público leitor.
O livro é uma obra financiada com recursos do Governo do Estado de MS através do Fundo de Investimento a Cultura (FIC) e Secretaria de Cultura de MS.
Intitulado como “Gotas de Poesia... De Um Jovem Poeta...”, a obra está compilada em 240 páginas sendo 120 páginas para a língua portuguesa e na sua versão ao espanhol 120 páginas para a Língua Espanhola na Tradução da Poetisa Neli Litter, traduzindo a dor, o vigor e a delicadeza da água, a esperança, a lágrima, a sede que se tem de viver e de poesia.
O livro é extremamente emblemático, com fotos escolhidas nas duas versões, com cores mais vibrantes para sua versão no espanhol e com cores mais frias no português, sendo que o livro tem uma lágrima que engrossa a cada página, caindo a cada página, traduzindo as gotas de poesia do jovem poeta...
O conceito de poesia ganha relevo ao se filosofar em expressões cotidianas, os sentimentos e as angustias típicas do sonhar e do desejar humano. O poeta se inspira no cotidiano livre de jovens e das pessoas que se inserem nas vivencias cotidianas...
A qualquer um que se lance a essa viagem colherá um grande deleite e como se fora um espelho, terá ali um pouco de seu reflexo para também tecer ensimesmando-se suas reflexões.
É um livro que também versa com sinestesia de imagens, estas todas principalmente registradas pela lente cuidadosa e artística da Fotógrafa Célia Resende que produziu ao sabor da emoção da poesia do escritor seus anseios e vontades, para que a obra compusesse de forma harmoniosa com a poesia do autor.
Outro detalhe que se infere dessa obra é o trabalho impecável da diagramação de Lucas Yahn, outra revelação da arte gráfica.
Outro item importante é o prefácio da Escritora Infantil e Cordelista Premiada Ruth Hellmann (Secretária da Academia Douradense de Letras), que considera suas assim suas "Gotas: Abstratas... Loucas... Invisíveis... Incríveis...
4) Qual a importância de eventos como a sobre a Feira Literária de Bonito (Flib) e o Festival de Inverno de Bonito?
Eventos como a Feira Literária de Bonito (FLIB) e o Festival de Inverno de Bonito são de grande importância não somente a divulgação dos trabalhos artísticos de Mato Grosso do Sul, porém, figuram como um trabalho de integração ao cenário artístico nacional e internacional, uma vez que ali participam artistas de vários estados e países. Acredito ser uma oportunidade de Promoção da Cultura, tendo um caráter de continuidade, logo que se realiza com periodicidade, sinalizando também um aspecto relevante ao desenvolvimento turístico e ao potencial de crescimento econômico que tem o Mato Grosso do Sul. É um cenário de amplo estímulo a produção cultural, imprimindo no público e nos artistas “um gostinho de quero mais”, e, sobretudo, na infância e na juventude o desejo do produzir artístico. Um povo sem memória, é um povo sem história, eventos como esses marcam a história e auxiliam a marcam a memória de sua gente.
5) Como você vê atualmente o mercado para os autores de nosso Estado, mas mais diversas vertentes. Fale das boas iniciativas e apoios que encontram. E dois pontos que ainda podem melhorar.
O mercado literário no MS é ainda muito árduo, temos grandes incentivos à produção lítero-cultural, no entanto, o público ainda é tímido no consumo literário, caminhamos com mais paixão do que com rentabilidade econômica. Tendo percorrido várias cidades divulgando meu trabalho, somo acolhimento, mas pouco consumo/venda de livros. O livro físico ainda não é consumido com avidez no mercado local. Os e-books tem trazido divulgação e destaque a vários trabalhos culturais do MS. Como autor, ainda tenho alguma resistência ao trabalho virtual, mas o visualizo já como uma alternativa quando não se dispuser de recursos financeiros a impressão de livros que não é muito acessível no MS. Os fundos de investimento a cultura nos âmbitos municipais, estaduais e federais são a esperança de muitos autores no que tange a produção e impressão de seus trabalhos artístico-literários, tendo sido um trabalho sério e transparente nessa questão. Acredito que podemos mais, temos que melhorar o valor dos subsídios a produção literária, como também fomentar o investimento em subsídios para participação de nossos artistas em eventos nacionais e internacionais, auxilio em transporte, hospedagem, um olhar mais especifico para a divulgação dos trabalhos e do próprio estado de Mato Grosso do Sul. A cultura e o turismo devem caminhar juntos, como fonte de renda e movimentação econômica local.
6) Deixe aqui três dicas preciosas para os jovens (ou não tão jovens assim...) que sonham em ser escritores e que estão lendo aqui sua entrevista.
Escrever é uma arte. Se alguém deseja ser escritor, deve ter isso como essência e cerne de seu ser: escrever é um ato diário, um hábito arraigado no ser, em amplo funcionamento, como o sangue que flui pelas veias, como o pensamento e o cérebro, o ar e os pulmões, nasce-se escritor por expressão e essência. Se ao acordar, ao deitar, ao andar, ao amar, pensa-se em escrever, se a sua ânsia não cessa, sim você é um escritor. Acordo nas madrugadas com ânsia de escrever, escrevo e penso na escrita, todo o tempo, a biblioteca e os livros são sagrados para mim, fico muito triste quando vejo uma biblioteca morrer em desuso. Três conselhos: Leia, Observe e Escreva, a vida literária se constitui de vivencias. A leitura abre o canal da escrita nas vivencias que registra. A observação da vida que está a volta e da própria vida, traduz combustível e conteúdo ao que se vai registrar em prosa ou poesia. Escreva, porque escrevendo traduzimos a ânsia ao papel em palavras, ajudando a passar as angustias, tendo em vista que muito artista morrem sufocados pelas palavras não registradas, não escritas. Então, se você tem a ânsia e o afã de ser escritor, ESCREVA SEMPRE.
7) O que podemos esperar da Marcos Coelho nos próximos meses?
Marcos Coelho é escritor, poeta, ator, artista que não cessa de produzir. Sempre inventando, criando, lapidando, umedecendo suas palavras em novas escritas e poesias. Seu próximo trabalho traduzirá retalhos em poesias, retalhos do tempo e da memória em novas prosas poéticas deliciosas. O poeta prepara-se e veste-se em túnica de retalhos para compor suas poesias. Outro trabalho estará vinculado aos fragmentos e pedaços de si, ti e de todos. Preparem-se, vem muito mais por aí. Tem peças e festivais de dança a traduzir sua prosa e seus versos, tem teatro, tem muito mais fraternidade e cidadania, tem palestras. De tudo que se pode esperar de Marcos Coelho, é sua essência perpetua e infinita em prosa, verso, tudo nele respira Poesia.
8) Onde conseguimos comprar seus livros?
Disponível para venda por apenas R$ 25,00 - “Gotas de Poesia... De Um Jovem Poeta...”.
Você pode adquirir suas obras em Campo Grande/MS com o Produtor Cultural Julio Barão pelo (67) 8150-4419 ou na Livraria Leparole – Rua: Euclídes da Cunha, 1126 - Jardim dos Estados, Campo Grande - MS, 79021-200 Telefone: (67) 3043-5100.
Em Dourados com o Autor e-mail: sagitariusdin@hotmail.com. Também as outras obras disponíveis nas Livrarias: Universitária, Canto das Letras e Companhia dos Livros em Dourados/MS.
Crédito Foto: Acervo Pessoal Marcos Coelho

Raquel Dias
1) Com toda "Licença Poética" eu pergunto: "Quem é Raquel Dias" e o que há de mais forte e marcante em sua poesia?
Venho de Culturama, um pequeno e encantador distrito no interior do estado, de onde saí para trabalhar como professora de Língua Portuguesa, logo que me formei em Letras, na cidade de Dourados. Tive, desde muito cedo, grande paixão pela leitura literária, em especial à leitura poética. Há, naquilo que escrevo, muita influência de meus pais (mãe professora, pai farmacêutico e tb poeta). Tenho, dentre os assuntos dos quais falo, predileção pelo amor, em suas múltiplas facetas. Relaciono-o com frequência às desilusões, às perdas, às dores, às fatalidades cotidianas e justamente por isso já me adjetivaram como "especialista em dor de cotovelo"! Além do amor platônico outro tema marcante e recorrente em meus versos é o tempo. Esse, ao meu ver, apesar de cruel é remédio para quase tudo.
2) Como nasceu o Livro "Cápsula Tarja Preta", uma obra independente contendo 132 textos de 10 autores : Elias Borges, Fábio Gondim, Raquel Dias, Raphael Lugo, Alexandre Kenji, Eva Vilma, Márcio Filho, Valter Queiroz, Carmem Lúcia e Kenny Teschiedel, que afirma em sua apresentação que "AÇÃO ESPERADA: Cápsula Tarja Preta é um livro que é indicado a todos que buscam material literário de qualidade e que tem interesse em conhecer autores que não estão no mainstream das artes. A leitura do título pode causar diversas sensações, dentre elas: alegria, conforto, confusão, tristeza, etc..., entretanto, está descoberta depende de você. Como foi a construção desse projeto e o que mais te marcou nele?
O livro "CÁPSULA TARJA PRETA" nasceu de um grupo de dez amigos escritores, que encontrando dificuldades no mercado editorial sulmatogrossense, decidiu abrir, por sua conta e risco, o próprio caminho. Desde abril de 2015, em reuniões, festas, bate-papos e saraus, essas pessoas, seus desejos, ideias, vontades e versos se encontraram. Aos poucos o livro foi sendo idealizado... em maio desse ano estava finalizado, sendo lançado no mês de junho, já, para nossa surpresa, com grande repercussão entre a classe literária campograndense.
O que me marcou, durante todo o processo, foi a dedicação e união do grupo, que apesar dos percalços, nunca desanimou ou pensou em desistir. Lembrar da insistência de alguns diante do titubeio de outros, me comove.
3) Fale um pouco sobre o projeto "Sarau dos Amigos", sobre o seu varal de poesias “Margem e Prosa” e o que podemos esperar ainda em 2016.
O Sarau dos Amigos é um projeto do Sr. Eduardo Romero, que busca levar arte e cultura para aqueles que não tem oportunidade de frequentar os locais onde esse tipo de evento geralmente acontece.
O Sarau dos Amigos é realizado toda última quinta-feira do mês e chegou a pouco a sua centésima edição, nele todos os artistas são convidados a se apresentar de forma voluntária, o palco é aberto para eventuais artistas que estejam em meio ao público e como entrada é sugerida a colaboração com alimentos não perecíveis, que posteriormente são doados à pessoas necessitadas ou instituições de caridade.
Numa das edições fui convidada a expor meu trabalho como escritora no seu tradicional varal de poesias e foi lá que tudo começou. Convidei para estar comigo nessa exposição Fábio Gondim, que convidou Eva Vilma, em seguida Carmem Lúcia... e assim por diante.
4) Como você vê atualmente o mercado para os autores de nosso Estado, nas mais diversas vertentes. Fale das boas iniciativas e apoios que encontram. E dois pontos que ainda podem melhorar.
O nosso mercado é pequeno e reflete a realidade do mercado nacional, ou seja, a leitura infelizmente não é prioridade para a maioria da população, as tecnologias digitais roubam-nos grande fatia desse pequeno mercado e somente aos grandes já renomados autores são dadas oportunidades que para os iniciantes seriam preciosas.
Como financiamento do trabalho com recursos públicos e ampla divulgação, nas escolas principalmente, daqueles que estão começando. Esses são dois pontos cruciais que acho que devem e podem ser revistos e melhorados.
5) Deixe aqui uma poesia sua aos jovens (ou não tão jovens assim...) que sonham em ser escritores e que estão lendo aqui sua entrevista.
O motivo pelo qual quero me apresentar aqui com o poema abaixo é o fato de que algumas pessoas ainda confundem o escritor (pesssoa) com o eu-lírico (ser que fala no poema). Não foram poucas as vezes em que me perguntaram: Você está bem? Por que escreveu aquilo? O que aconteceu? Ao que eu prontamente respondo: E quem disse que era sobre mim? Aquilo não é Raquel, é o meu eu-lírico! Esse poema tem sido por hora minha melhor resposta.
A LOUCURA QUE HABITA MEUS VERSOS
A loucura que habita meus versos não é real nem é minha.
É a loucura do desejo que transborda.
É a loucura da distância que transporta.
É loucura da alegria quase morta.
É a loucura da vontade que corrói.
É a loucura da saudade que dói.
É a loucura da perda que destrói.
A loucura que habita meus versos não é permanente, é transitória.
É a loucura da pedra atirada.
É a loucura da música cantada.
É a loucura da palavra mal usada.
É a loucura do amor no peito.
É a loucura da raiva, do despeito.
É a loucura do que não tem jeito.
A loucura que habita meus versos
É loucura em si, por si só.
E eu, uma louca sem cura.
E só.
(Raquel Dias - Do Inferno dos Sentidos)
6) De onde vem a inspiração para sua poesia? E o que podemos esperar da Raquel Dias nos próximos meses?
Essa resposta poderia ser bem extensa, mas simplifico dizendo o óbvio, minha inspiração vem de TUDO e do NADA. Eu mesma queria muito saber mais especificamente de onde, o quanto e quando ela vem. Só pra acabar com esse mistério que mais parece loucura. Ás vezes me pego escrevendo compulsivamente, noutras nada, nenhuma linha sequer! O jeito é esperar a boa vontade dessa danada e voluntariosa senhora que chamamos INSPIRAÇÃO.
No que resta do ano de 2016 estou dedicada em divulgar e vender nosso CÁPSULA TARJA PRETA. Para somente mais tarde, em 2017 talvez, pensar na realização pessoal que seria publicar um livro com conteúdo totalmente meu. Para isso é preciso escrever mais e melhor, por hora o que lerão é somente aprendizado.
7) Onde conseguimos comprar suas obras, em especial o Livro "Cápsula Tarja Preta"?
O Cápsula Tarja Preta está sendo comercializado por nós, os próprios autores.
Para solicitar o seu entre em contato comigo através do e-mail: profraquel2@gmail.com
O custo do livro é de R$30,00. Caso não esteja em Campo Grande há a possibilidade de fazermos o envio via correios.